domingo, 10 de fevereiro de 2013

SUGESTÃO DE ATIVIDADES



Atividades com o gênero FÁBULA (6º ano)

SITUAÇÃO INICIAL


1) Com certeza você já leu e ouviu muitas fábulas. Em grupos, tentem lembrar agora de uma delas, preenchendo a tabela abaixo:

TÍTULO:
PERSONAGENS
ENREDO (RESUMO)





2) Narre a fábula relembrada para a turma. Conversem sobre elas: são realmente fábulas? Por quê?

3) Tente definir, com as informações discutidas pela sala, o gênero FÁBULA.

4) Você já percebeu que uma fábula não é uma narrativa qualquer. Ela tem um jeito bem próprio de ser escrita. A seguir, você terá trechos de textos diversos. Procure localizar os que são de fábulas, marcando-os com X.
( ) Um roubo espetacular. Nenhum vidro quebrado, trancas e cadeados inviolados, silêncio absoluto na madrugada.
( ) Olá! Meu nome é Carolina, tenho 10 anos e sou fã n° 1 do JUSTIN BIEBER...
( ) Um corvo, tendo roubado um pedaço de carne, pousou sobre uma árvore. Uma raposa o viu e...
( ) O ataque de um cão pit bull quase matou um menino de seis anos em Porto Alegre ontem...
( ) Um camundongo tinha medo de um gato que o espreitava todos os dias. Sábio e prudente, foi consultar o rato vizinho.
( ) Foi comemorado o casamento do príncipe e da princesa com muito luxo e alegria, e eles viveram juntos felizes para sempre.

5) Nas fábulas, algumas características aparecem repetidas frequentemente, determinando uma organização e um estilo próprios para esse gênero. Circule as letras que correspondam às características desse tipo de texto:
a. Inicia-se sempre com era uma vez;
b. São pequenas histórias em que predominam os animais como personagens;
c. Propõe a solução de enigmas, crimes ou mistérios;
d. Os animais agem como se fossem pessoas: falam, cometem erros, são sábios ou tolos, bons ou maus;
e. Iniciam-se com um local, data e vocativo. Finalizam-se com saudação de despedida;
f. O herói ou heroína sempre se sai bem no final;
g. É comum aparecer diálogos entre animais;
h. Presença de seres ou objetos mágicos;
i. Essas histórias terminam com uma moral, um ensinamento;
j. São oferecidas pistas que podem ajudar a solucionar um enigma;
k. Há uma comparação nas fábulas entre animais e qualidades ou defeitos próprios dos seres humanos.
l. As histórias se passam em castelos, com príncipes, bruxas e fadas.
m. São narrativas curtas que tratam de certas atitudes humanas como a disputa entre fortes e fracos, a esperteza e a lerdeza, a ganância e a bondade, a gratidão e a avareza.

TEXTO INFORMATIVO:
Você sabe de onde vêm as fábulas?
As fábulas não são textos que nasceram por acaso, sem nenhuma intenção, são criações muito antigas, contadas às pessoas para transmitir-lhes ensinamentos, orientando-as a como melhor pensarem e se comportarem na época e na sociedade em que viviam.
Há referências a elas em textos sumérios de 2000 a. c. e consta que eram conhecidas pelos hindus e muito apreciadas pelos gregos. É grego o primeiro fabulista de renome: Esopo, escravo que teria vivido em meados do século VI a. C.
Quem conta ou escreve uma fábula tem alguma intenção, seja de ensinar, aconselhar, convencer, divertir, seja de criticar e, às vezes, até fazer alguém desistir de um propósito ruim ou que não lhe era favorável.
As fábulas são narrativas curtas, se utilizam de animais como personagens, os quais assumem características humanas representando certas atitudes e comportamentos próprios dos homens, com o objetivo de passar uma de lição de vida.
O prestígio das fábulas nunca decaiu. No passado constituíam a literatura oral de muitos povos (eram transmitidas, a princípio, de boca a boca, de geração em geração; em locais públicos, como praças, festas populares ou salões de baile da época; só bem depois foram registradas por escrito).
No século XVII, escritores como La Fontaine, criaram novas fábulas ou recontaram antigas, em versos ou em pequenos contos em prosa.
Monteiro Lobato, nos anos trinta, reescreveu muitas fábulas por meio da turma do Sítio do pica-pau-amarelo. E, mais recentemente, inúmeros escritores se ocuparam da arte de atualizar essas histórias para deleite de todos.
In: Sete faces da fábula. Org. Márcia Kupstas,1. ed. São Paulo, Moderna, 1992.

Questões:
a. Como já mencionamos, as fábulas são textos bastante antigos e não eram escritos para crianças. Antigamente, para quem eram contadas e para que serviam?
b. Que tipo de assunto, geralmente, é narrado nas fábulas?
c. À princípio, no tempo dos primeiros fabulistas (criadores de fábulas), nem tudo era registrado por escrito. De que forma, então, eram transmitidas essas histórias, em que locais costumavam ser contadas e como permaneceram vivas até hoje?
d. Nos dias atuais se quisermos ler fábulas, em que tipo de material elas aparecem escritas e em quais locais podem ser encontradas?
e. Ainda hoje as fábulas encantam e divertem. Você acha que elas estão ultrapassadas ou têm algo a dizer nos dias atuais? O quê? A quem?


LEITURA DE FÁBULAS

A Cigarra e a Formiga é uma das fábulas atribuídas a Esopo, mendigo contador de histórias da Grécia que viveu entre 620 a 560 anos a.C. Esta fábula foi recontada por Jean de La Fontaine (1621-1695) e acabou muito popularizada.

Leia o texto original de Esopo:

Texto 1:
A cigarra e as formigas
No inverno, as formigas estavam fazendo secar o grão molhado, quando uma cigarra, faminta, lhes pediu algo para comer. As formigas lhe disseram: “Por que, no verão, não reservaste também o teu alimento?”. A cigarra respondeu: “Não tinha tempo, pois cantava melodiosamente”. E as formigas, rindo, disseram: “Pois bem, se cantavas no verão, dança agora no inverno”.

Agora, leia o texto de La Fontaine:

Texto 2:

A cigarra e a formiga

Tendo a cigarra, em cantigas,
Folgado todo o verão,
Achou-se em penúria extrema,
Na tormentosa estação.
Não lhe restando migalha
Que trincasse, a tagarela
Foi valer-se da formiga,
Que morava perto dela.
– Amiga – diz a cigarra
– Prometo, à fé de animal,
Pagar-vos, antes de Agosto,
Os juros e o principal.
A formiga nunca empresta,
Nunca dá; por isso, junta.
– No verão, em que lidavas?
– À pedinte, ela pergunta.
Responde a outra: – Eu cantava
Noite e dia, a toda a hora.
– Oh! Bravo! – torna a formiga
– Cantavas? Pois dança agora!


Veja outras versões:

Texto 3:
Sem barra
José Paulo Paes

Enquanto a formiga
Carrega a comida
Para o formigueiro,
A cigarra canta,
Canta o dia inteiro.

A formiga é só trabalho.
A cigarra é só cantiga.

Mas sem a cantiga
da cigarra
que distrai da fadiga,
seria uma barra
o trabalho da formiga!

Questões:
1) O autor reescreveu a fábula a seu modo, criando um novo jeito de contar. Que tipo de texto ele produziu? Que características observadas no texto, justificam sua resposta.
2) Ele alterou somente a forma ou o conteúdo da fábula também?
3) O que você percebeu sobre a posição do poeta? Ele concorda com a fábula “A cigarra e a formiga”? Explique.
4) No poema de José Paulo Paes, o canto da cigarra completa o trabalho da formiga; nas versões tradicionais lidas antes, o canto da cigarra é oposto ao trabalho da formiga. Assinale a resposta correta:
a. A partir da comparação, podemos concluir que na versão do poeta:
( ) O trabalho do artista é menos importante que os demais trabalhos;
( ) O trabalho do artista é tão importante quanto qualquer outro trabalho.

b. Nas versões tradicionais:
( ) O trabalho do artista também é importante;
( ) Só o trabalho que produz bens materiais é importante.


Texto 4:
A cigarra e a formiga (a formiga boa)

Houve uma jovem cigarra que tinha o costume de chiar ao pé do formigueiro. Só parava quando cansadinha; e seu divertimento era observar as formigas na eterna faina de abastecer as tulhas.
Mas o bom tempo afinal passou e vieram as chuvas, Os animais todos, arrepiados, passavam o dia cochilando nas tocas.
A pobre cigarra, sem abrigo em seu galhinho seco e metida em grandes apuros, deliberou socorrer-se de alguém.
Manquitolando, com uma asa a arrastar, lá se dirigiu para o formigueiro. Bateu – tique, tique, tique...
Aparece uma formiga friorenta, embrulhada num xalinho de paina.
- Que quer? – perguntou, examinando a triste mendiga suja de lama e a tossir.
- Venho em busca de agasalho. O mau tempo não cessa e eu...
A formiga olhou-a de alto a baixo.
- E que fez durante o bom tempo que não construí a sua casa?
A pobre cigarra, toda tremendo, respondeu depois dum acesso de tosse.
- Eu cantava, bem sabe...
- Ah!... exclamou a formiga recordando-se. Era você então que cantava nessa árvore enquanto nós labutávamos para encher as tulhas?
- Isso mesmo, era eu...
Pois entre, amiguinha! Nunca poderemos esquecer as boas horas que sua cantoria nos proporcionou. Aquele chiado nos distraía e aliviava o trabalho. Dizíamos sempre: que felicidade ter como vizinha tão gentil cantora! Entre, amiga, que aqui terá cama e mesa durante todo o mau tempo.
A cigarra entrou, sarou da tosse e voltou a ser a alegre cantora dos dias de sol.

Do livro Fábulas, Monteiro Lobato, 1994.
Questões:
a. Comparando os textos lidos até o momento, marque X na alternativa abaixo que melhor os definam.
( ) Tratam do mesmo conteúdo, ou seja, a história narrada é a mesma;
( ) Há mudanças com relação à atitude das personagens;
( ) A forma de organização de cada texto é diferente, embora tenham o mesmo tema.
b. Em qual dos textos o fabulista optou por uma forma mais simples e resumida de escrever? Com que propósito?

c. Em qual versão a linguagem empregada se distancia mais do jeito de falar atual? Dê exemplos de palavras e descubra um sinônimo para elas.


Texto 5:
A formiga e a Cigarra (Fábula Contemporânea)

Era uma vez, uma formiguinha e uma cigarra muito amigas.
Durante todo o outono, a formiguinha trabalhou sem parar, armazenando comida para o perí­odo de inverno. Não aproveitou nada do sol, da brisa suave do fim da tarde e nem do bate papo com os amigos ao final do trabalho tomando uma cervejinha. Seu nome era “trabalho” e seu sobrenome “sempre”.
Enquanto isso, a cigarra só queria saber de cantar nas rodas de amigos e nos bares da cidade; não desperdiçou um minuto sequer, cantou durante todo o outono, dançou, aproveitou o sol, curtiu para valer sem se preocupar com o inverno que estava por vir.
Então, passados alguns dias, começou a esfriar. Era o inverno que estava começando. A formiguinha, exausta de tanto trabalhar, entrou para a sua singela e aconchegante toca repleta de comida.
Mas alguém chamava por seu nome do lado de fora da toca. Quando abriu a porta para ver quem era, ficou surpresa com o que viu: sua amiga cigarra estava dentro de uma Ferrari com um aconchegante casaco de vison.
E a cigarra disse para a formiguinha:
- Olá, amiga, vou passar o inverno em Paris. Será que você poderia cuidar da minha toca?
E a formiguinha respondeu:
- Claro, sem problemas! Mas o que lhe aconteceu? Como você conseguiu dinheiro para ir a Paris e comprar esta Ferrari?
E a cigarra respondeu:
- Imagine você que eu estava cantando em um bar na semana passada e um produtor gostou da minha voz. Fechei um contrato de seis meses para fazer shows em Paris… A propósito, a amiga deseja algo de lá?
- Desejo sim. Se você encontrar um tal de La Fontaine por lá, manda ele ir para a p#@$ que p*&%u!!!
“Trabalhe duro, mas aprenda a curtir a sua vida. O equilí­brio é o melhor método para viver!”

Questões:
a. Quem se deu bem nesta versão? A cigarra ou a formiga?
b. O que há de surpreendente? O que mais chamou sua atenção?
c. Tu concordas com a moral desta fábula?

Texto 6:
A cigarra e a formiga


Ilustração de Gustave Doré


a. Ao observar a gravura, tente comparar com a versão original da fábula. Quem seria a cigarra? E a formiga?
b. Analisando o ambiente, faça uma breve descrição da cena.

Texto 7:
Charge

a. O que o conteúdo da charge tem a ver com a fábula estudada?
b. Escreva um comentário sobre a charge.


PRODUÇÃO TEXTUAL
Finalmente chegou a hora de escrever uma fábula...



Dicas para a produção
Como você aprendeu, a fábula é uma pequena narrativa, cujas personagens são geralmente animais que pensam, falam e agem como se fossem seres humanos. A fábula encerra uma lição de moral, ensinamentos que chamam a atenção para o nosso modo de agir e de pensar.
Além disso, apresenta forma concisa, personagens simples, diálogos curtos, quase ausência de descrições. O narrador é sempre um observador que não participa da história. As personagens caracterizam-se por um único traço: o cordeiro é ingênuo; a raposa esperta; o pavão vaidoso. Isso torna mais fácil identificá-los com o ser humano.
Certamente seu repertório de fábulas aumentou muito no decorrer desse projeto, além das fábulas lidas e estudadas aqui, você pesquisou e compartilhou com sua turma tantas outras, enriquecendo, assim, seu acervo relativo a esse gênero.
Escolha, então, uma fábula conhecida, criando uma nova versão para ela, modernizando-a.
Ao escrever, primeiramente, seu rascunho, preste atenção nas dicas a seguir que farão de seu texto um bom texto:
§ Lembre-se de que o narrador somente conta os fatos sem participar diretamente deles (narrador observador);
§ Procure usar personagens que representem atitudes e comportamentos que melhor condizem com as pessoas que serão retratadas na fábula;
§ Seja conciso, não abuse das descrições, reúna informações em um texto breve. Evite repetições de palavras, use bem o recurso da pontuação;
§ Faça diálogos, marcando as falas das personagens com aspas ou com travessão;
§ Escreva a moral da história de modo explicativo ou utilizando um provérbio;
§ Dê um título.

Correção do texto


Feitas todas as observações acima necessárias, procure, ainda, trocar de trabalho com alguns colegas. Dessa forma, seu texto será corrigido por você e por outros revisores, diminuindo qualquer possibilidade de inadequações. Após esse trabalho, a professora fará a averiguação final, destacando as contribuições que forem precisas.


Ilustração da história

A arte final é um fator indispensável para o sucesso do trabalho. Saiba que não é só mera reprodução visual do texto escrito; é, sim, um novo texto que se faz vislumbrar, enriquecendo, ampliando e complementando o já existente. Portanto, CAPRICHE!!

SUGESTÃO DE ATIVIDADES

No retorno às aulas, no dia 18 de fevereiro iniciaremos a aplicação do projeto literário com a Fábula: " A cigarra e a formiga" de La Fontaine. O primeiro momento será dedicado a apresentação da biografia do autor e em seguida será apresentado a fábula levando em consideração o nível de cada turma.

Segue algumas atividades:






PROJETO LITERÁRIO DA I UNIDADE: UMA VIAGEM AO MUNDO DAS FÁBULAS


Na I unidade trabalharemos o projeto interdisciplinar nas séries de Educação Infantil ao 8º ano do Ensino Fundamental II de forma interdisciplinar e incentivando a prática de leitura bem como a propagação dos valores expostos nas fábulas.
                                          

                                                  PROJETO LITERÁRIO:                 
                                 "UMA VIAGEM AO MUNDO DAS FÁBULAS" 




IDENTIFICAÇÃO:

Colégio Super Passo
Rua Dom Climério, Nº 01, Jequié- BA,
Telefone: 3525 2976

Faixa etária dos alunos:
  • Educação Infantil ao 5º ano do Ensino Fundamental

Tempo de duração do projeto:
  • I unidade
Temas Transversais:
      Ética, Cidadania, Meio Ambiente
Equipe Gestora:
     Helena Barreto Chaves (Diretora)
    Andreia Barreto Chaves (Vice- Diretora e Coordenadora Geral)
    Aidê das Neves Barreto (Secretária e Coordenadora de Educação Infantil)
    Elania Silva Ferreira ( Coordenadora do Ensino Fundamental I)
    Marize Santos (Coordenadora do Fundamental II)

Equipe Docente:
 
    Daiane Santos Moraes Brito     
    Elania Silva Ferreira        
    Emerson da Silva Rocha  
    Eliana Barbara Moreira Souza    
    Fabrícia Borges Macedo Gomes
    Edivânia Santos da Conceição
    Enni Carla da Silva 
   Jalon Vaz Andrade   
   Joab Araújo Santos 
   Marize Santos
   Maria Aparecida Oliveira Messias

 
 





Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.
( Saint Exupéry)


INTRODUÇÃO

O Projeto "Uma viagem ao mundo das fábulas" nasceu do desejo de encantar os alunos, oportunizando reflexões sobre valores éticos e sociais e ao mesmo tempo incentivar e aprimorar a prática da lectoescrita. E nada melhor do que as fábulas, histórias tão antigas (mas tão atuais!) para nos ajudar nessa missão tão relevante para a formação de nossos pequenos cidadãos. Afinal, “é devagar que se vai longe”. E, certamente, os frutos serão fecundos!
A magia e o encantamento que uma história lida ou contada pode causar em qualquer pessoa quando lê ou ouve é sensacional e de grande relevância. Devemos perpetuar essa prática de leitura cotidiana para desenvolvermos esse mesmo gosto dos tempos em que ouvíamos as histórias, fábulas e os causos contados ou lidos pelos nossos pais, avós ou professores.
Hoje com tantas tecnologias, com o surgimento de tantos brinquedos eletrônicos, com tantos compromissos e encargos das escolas e também das famílias, vemos que as histórias mágicas vindas da literatura infantil, juvenil e da cultura popular, estão sendo esquecidas pelas famílias.
Diante dessa realidade, o Colégio super Passo elaborou o projeto: Uma viagem ao mundo das fábulas para incentivar a prática da leitura diária e realizar um trabalho contextualizado, explorando os temas tornando as aulas dinâmicas e multidisciplinares.



JUSTIFICATIVA

Segundo o professor Edmir Perrotti, da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, do curso de Políticas Públicas de Comunicação de Leitura, onde ele diz o seguinte:
”Contar histórias é uma arte, é fantástico e tem de ser cultivado desde muito cedo. O país preocupa-se em alfabetizar a população e, no entanto, não tem feito o mesmo esforço para que os cidadãos brasileiros sejam leitores.” (Revista Pátio, julho/setembro/2010)
Partindo dessa premissa pode-se constatar a grandiosidade das histórias lidas ou contadas, pois se pretendemos desenvolver bons leitores, devemos envolvê-los por primeiro nesse mundo maravilhoso e encantador, ou seja, lendo para os alunos e junto com os alunos. Também contando histórias com ludicidade, com criatividade e imaginação.
A literatura infantil  e infantojuvenil cumpre, hoje, a responsabilidade de entreter e divertir e, principalmente formar na criança uma consciência de mundo. A fábula se originou da necessidade natural que o homem sente de expressar seus pensamentos por meio de imagens, emblemas ou símbolos. Elas são muito importantes para a formação do caráter da criança. É fundamental que o educador comente com o educando ao final, ajudando a firmar as lições que elas trazem.
Assim como destaca Góes, (1990, p. 16) "A leitura para a criança não é, como às vezes se ouve,  meio de evasão ou apenas compensação. É um modo de representação do real. Através de um "fingimento", o leitor re-age, re-avalia, experimenta as próprias emoções e reações."
Nesta perspectiva, contação de histórias é uma forma de recreação muito importante para a criança, principalmente para o seu desenvolvimento intelectual, psicológico afetivo e oral. Esta desempenha papel fundamental na vida da criança, pela riqueza de motivações, sugestões e de recursos que oferece ao seu desenvolvimento. Essa prática auxilia  na ampliação do vocabulário, incentiva a imaginação e o poder de criatividade.
De acordo com EICHENBERG:
"O Projeto de Incentivo à Leitura da Literatura desde as séries iniciais vem, assim, qualificar a ação pedagógica e ampliar os horizontes do mundo escolar no que tange ao trabalho emancipa tório com o livro literário, de maneira a formar alunos-leitores e, conseqüentemente, auxiliá-los no desenvolvimento das habilidades de fala e escrita, na formação de opiniões, na formação de sua identidade, na compreensão do mundo que os cerca e na expansão de seus horizontes de expectativas."
Snyders (1992) comenta que “a função mais evidente da escola é preparar aas crianças e os jovens para o futuro, para a vida adulta e suas responsabilidades”. No entanto, essa função pode parecer aos alunos como um remédio amargo que eles precisam engolir para assegurar, num futuro bastante indeterminado, uma felicidade incerta.
A leitura não deve ser trabalhada apenas com intuito de cobranças e produções, mas em primeiro lugar, devem-se buscar mecanismos pedagógicos para o desenvolvimento livre e autônomo da mesma. Quando almejamos alunos leitores, produtores e escritores devemos encantá-los e seduzi-los com leituras próprias, encantadoras e marcantes. Quando realizamos o ato da leitura, devemos demonstrar encanto ao ler ou ao contar, internalizar os personagens e o narrador, vivenciar com alegria a ato da leitura. Tais atitudes podem marcar a vida de maneira saudável para sempre do ouvinte e este tornar-se um leitor participante e ativo das descobertas existentes no mundo da leitura.
Além de contribuir para deixar o ambiente escolar mais alegre, podendo ser usada para proporcionar uma atmosfera mais receptiva à chegada dos alunos, ela também pode ser utilizada  como recurso no aprendizado de diversas áreas.
Em virtude disso, a proposta de se trabalhar com projetos é justamente a de proporcionar um ambiente favorável ao saber. As fábulas darão subsídios para realizarmos um trabalho de qualidade.
Enfim, nossa proposta é realizar atividades que sejam próprias do mundo lúdico e do imaginário e que colaborem para a formação de uma identidade autêntica e respaldada em valores éticos necessários ao cidadão consciente do seu papel na construção da sua história e da história do outro.


OBJETIVO GERAL:
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Trabalhar o gênero: fábula e encantar os alunos, oportunizando reflexões sobre valores éticos e sociais e ao mesmo tempo incentivar e/ou aprimorar a prática da lectoescrita.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Procedimentais
     - Construir coletivamente as combinações de convivência.
   - Apresentar aos alunos diferentes versões de uma mesma fábula e diferentes fábulas, através de materiais impressos: (livros, revistas,), vídeos: (filmes em desenho, teatro de sombra, desenho em fantoche).
   - Utilizar a leitura e a escrita tanto dirigida quanto espontânea de palavras, letras e frases relacionadas as fábulas.
  - Observar a audição de diferentes suportes linguísticos (lendas, contos, fábulas e mitos trabalhados paralelamente).
   - Confeccionar um varal de textos, mural coletivo.
    - Confeccionar maquetes, desenhos, sucatas e painéis.
    - Aplicar atividades lúdicas.
    - Favorecer o desenvolvimento criativo dos alunos, através de diferentes expressões, tais como: desenhos e dramatizações;
    - Apresentar os personagens, suas origens e características através das fábulas.
    - Executar trabalhos com colagens, desenho e pintura.
   - Desenvolver e experimentar atividades matemáticas (com personagens).
  - Confeccionar e construir livrinhos com o tema, ressaltando as produções realizadas pelos alunos ao longo do projeto.
   - Realizar a lectoescrita em várias situações de interação.
   -  Participar de jogos e brincadeiras.
Atitudinais

   - Interessar-se pela obra, buscando novas informações relacionadas ao tema.
   - Valorizar e socializar as informações que os alunos possuem acerca do tema.
   -  Apreciar as fábulas e demonstrar criatividade e raciocínio lógico no reconto das histórias.
   - Refletir com os alunos os valores que são transmitidos através das fábulas;
Permitir e ampliar o conhecimento sobre o conto trabalhado.
    - Valorizar a leitura e a escrita.

Conceituais
    - Identificar os personagens.
    - Reconhecer os diversos tipos de animais presentes nas fábulas.
    -  Comentar com ajuda do professor que assume papel de agente dinamizador da leitura.
   - Tirar conclusões e explorar as múltiplas possibilidades que o educando possa oferecer.
   - Aplicar atividades de caráter lúdico, além de promover a interdisciplinaridade lúdica.
   - Enumerar as palavras e frases que mais instigaram as crianças.
   - Narração e descrição dos fatos;
  - Reconto de história.
   - Linguagem escrita: lectoescrita, desenho, colagem, pintura, escrita espontânea.
PROCEDIMENTOS:

  • Audição das músicas das classes dos animais explorados na aula.
  • Utilização de fábulas para trabalhar os conteúdos de forma interdisciplinar.
  • Oficinas de artes para construção de animais: origami, palitos de fósforos, sucatas;
  •  Aplicação da dinâmica dos sons;
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Confecção e aplicação de jogos diversos com os personagens (de memória, escrita das letras do alfabeto, imagens e palavras, alfabeto de encaixe, dedoches).
  • Contação de histórias e fábulas a partir de fantoches de palitos, livros, televisão de papelão, audição de cd, dedoches;
  • Produções de cartazes com recortes e colagens;
  • Realização das brincadeiras: senhor caçador, Coelhinho sai da toca, coloque a cauda no burro (outro animal), o lobo, mímicas.entre outros;
  • Observação e manuseio de livros que tratam da temática abordada;
  • Dinâmica de grupo.
  • Pesquisas.
  • Atividades matemáticas.
  • Desenhos dirigidos e espontâneos.
  • Leituras diversas, promovendo a interdisciplinaridade.
  • Escrita espontânea.
  • Adivinhações usando como tema os personagens trabalhados no contos.
  • Sequência de figuras para leitura de imagens.


RECURSOS:

Lápis, borracha, lápis de cor, hidrocor, tinta guache, giz de cera, fita adesiva, cartolinas, papel madeira, papel celofane, EVA, tesouras, cola branca, cola colorida, cola de isopor, materiais de sucatas, copos descartáveis, pratos descartáveis, bastão de cola quente, pistolas.

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO:

Os projetos transformam a avaliação em um processo contínuo à realidade cotidiana da sala de aula.

Considera- se alguns instrumentos de avaliação:
  • Observação do comportamento do educando: hábitos de trabalhos, relacionamento com os amigos e professores, cumprimento das tarefas escolares, atitudes positivas ou negativas com relação aos trabalhos escolares, capacidade de cooperação, aproveitamento de tempo;
  • Dados registrados com referências diretas acerca do aluno ou em grupo.
  • Cumprimento das tarefas sugeridas pelos docentes.
CULMINÂNCIA:

Para culminar o projeto será realizada uma Exposição, no qual os alunos exibirão suas produções confeccionadas no decorrer do projeto, bem como apresentações e dramatizações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRASIL. Ministério de Educação e do Desporto. Referencial curricular nacional para educação infantil. Brasília, DF: MEC, 1998.
BRESCIA, Vera Pessagno. Educação musical: bases psicológicas e ação preventiva. São Paulo: Átomo, 2003.
REVISTA NOVA ESCOLA. A viagem da leitura nas terras do faz-de-conta.São Paulo: Abril, 1998.
SNYDERS, George. A escola pode ensinar músicas? 2ª Ed. São Paulo: Cortez, 1994.